Nesta quinta-feira (27) estudantes do movimento estudantil da UEM (Universidade Estadual de Maringá) marcaram presença na reitoria da universidade, reivindicando a participação na reunião do CAD (Conselho Administrativo).
Os discentes são, em maioria, de cursos que enfrentam a falta de professores efetivos e consequentemente a precarização. Para essa luta, um fórum com professores desses cursos foi formado e vem lutando desde o primeiro semestre por uma distribuição das 279 vagas previstas para 2023.
Para dar força ao movimento, na tarde de hoje, a organização estudantil exigiu a participação na reunião em que seriam discutidas as propostas de distribuição. Porém, alegando se tratar de uma reunião informal, alguns conselheiros se negaram a comparecer diante da presença dos discentes, o que gerou revolta e protesto dos estudantes.
Após cerca de 3 horas de conversa entre discentes, conselheiros e reitor, chegou-se a um acordo de que uma reunião instantânea seria iniciada para a apresentação de dados e propostas, sendo complementada por uma outra na próxima semana. Porém, foi preciso que os estudantes fossem até a sala de cafezinho dos conselheiros com gritos de protesto para que o acordo fosse efetivamente cumprido.
Nesse momento, com o intuito de impedir os estudantes de subirem as escadas em sentido à sala de descanso dos conselheiros, os seguranças apareceram rapidamente para barrar a movimentação. Um dos discentes foi segurado pelo pescoço por um funcionário, ainda não identificado, da universidade. O estudante passa bem, porém a revolta prevalece.
A reunião que foi iniciada cerca de 40 minutos antes do horário combinado para o fim, apresentou slides censurados, falou de propostas para a pós-graduação e contou com a presença dos conselheiros que tinham coisas mais importantes para resolver em seus smartphones.
A exigência dos estudantes era apenas a informação e participação em uma reunião que tem o poder de decidir o futuro de cursos quem vem sendo precarizados há anos e correm risco de fechar.
Os discentes lutam e esperam por uma universidade pública em que as decisões sejam transparentes.
Em todas as imagens há estudantes sentados na sala do CAD. Na primeira delas alguns seguram cartazes que podemos ler: “Onde está a democracia da UEM”, “Conselheiros por que vocês não querem os estudantes na reunião” e “Priorizem os cursos precarizados”.

Imagem Reprodução Comunica UEM
Fonte: comunicauem