A violência doméstica atinge a cada ano mais de dois milhões de brasileiras, realidade cada vez mais frequente em nosso país, só no ano passado, 1 em cada 5 mulheres registraram o crime. Ele ocorre em qualquer grupo social, seja religioso, econômico ou cultural. Atinge não só fisicamente, mas também de forma verbal, moral, psicológica, sexual e patrimonial.
Segundo uma pesquisa realizada pelo site Data Folha em 2018, os agressores são na grande maioria os maridos, namorados, pais, ex-namorados e ex-maridos. De acordo com o levantamento, 76% das entrevistadas, conheciam o agressor, número 25% maior do que a pesquisa realizada em 2017. Em 52% dos casos não há denúncia.
A violência é ainda mais comum em mulheres negras e pardas.
Mas, a pergunta que muitos se fazem é: O que leva a mulher a não denunciar o crime, o que as leva a “aceitar” o ato?
A opressão é um estado, condição de quem ou daquilo que se encontra oprimido. Quando o agressor é tão violento a ponto de sufocar a vitima, exercendo certo poder psicológico, impossibilitando assim que a mulher faça uma denúncia. Existem também diversos relatos de mulheres que alegaram não ter para onde ir e como se manter, inclusive em casos que o conjugue não permite que a parceira trabalhe, justamente para gerar a dependência financeira. A ideia de que a mulher deve ser submissa ao homem pode vir também de maneira religiosa ou tradicional, levando muitas ao silêncio. Várias outras relatam medo de sofrer uma violência maior, temem até mesmo a morte.
É de extrema importância que a mulher entenda que está sofrendo um abuso. A mulher precisa saber que não provocou aquilo e que não é culpada. É importante ter conhecimento de seus direitos. Ligue 180, denuncie.
Matéria escrita pela estagiária Paloma Ferraz.