Valentina de Andrade, mulher absolvida no caso dos ’emasculados de Altamira’ no PA, morre em Londrina

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Foi confirmada a morte de Valentina de Andrade, a mulher que foi absolvida em 2003 das acusações do caso que ficou conhecido como “Emasculados de Altamira” e que ganhou repercussão, sendo o mais longo e emblemático julgamento da história do judiciário paraense.
Valentina morreu aos 91 anos, no dia 31 de dezembro de 2022, na cidade de Londrina, no Paraná. Ela era acusada de chefiar grupo satânico que teria usado órgãos genitais de crianças em rituais de magia negra, mas foi absolvida por falta de provas.

Valentina foi acusada de liderar uma seita que castrava e assassinava meninos no município de Altamira, no sudoeste do estado, distante cerca de 455 KM de Belém. Os crimes ocorreram entre 1989 e 1993.
Do total de 14 meninos vítimas do grupo criminosos, seis foram assassinados com a mutilação dos órgãos sexuais e cinco continuam desaparecidas até os dias atuais.

Apenas três garotos sobreviveram, apesar de também terem tido os órgãos sexuais mutilados. As vítimas tinham entre 8 e 14 anos de idade.
Apenas cinco dos casos foram a julgamento, sendo três assassinatos e duas tentativas de assassinato.
À época dos julgamentos, o Tribunal do Júri decidiu, por seis votos a um, acatar a tese da defesa de que havia insuficiência de provas contra Valentina de Andrade.

Em 2003, quatro pessoas foram levadas a julgamento acusadas da prática de uma série de tentativas de homicídio e homicídio, incluindo crianças e adolescentes, ocorridos entre 1989 e 1993, no Pará e no Maranhão.
Segundo os autos, os assassinatos faziam parte do ritual de magia negra da seita Lineamento Universal Superior (LUS), que tinha a frente a vidente Valentina Andrade.
Entre os participantes da seita, também estavam os médicos Anísio Ferreira de Souza e Césio Flávio Caldas Brandão, que seriam os responsáveis por emascular as vítimas.
Valentina Andrade foi absolvida em dezembro de 2003 por falta de provas, sendo que o processo acabou prescrito por ela ter mais 70 anos.
O médico Anísio Ferreira de Souza foi condenado a 77 anos, enquanto que Césio Flávio Caldas Brandão foi condenado a 56 anos. Ambos estão presos.
Também cumpre pena pelos crimes, o ex-policial militar Carlos Alberto Lima, condenado a 35 anos de prisão.

As informações são do G1.

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