Três funcionárias da prefeitura e um empresário são presos por fraude em licitações em Alvorada do Sul

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Via G1 Paraná/RPC Londrina

Cinco pessoas foram presas durante a deflagração de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra suspeitos de fraudar licitações da Prefeitura de Alvorada do Sul, no norte do Paraná, nesta quinta-feira (20).

Entre os presos estão três funcionárias da prefeitura, um empresário de Bela Vista do Paraíso. Durante o cumprimento dos mandados também foi preso o marido de uma das suspeitas por porte ilegal de arma de fogo.

Além dos quatro mandados de prisão cumpridos, o Gaeco também cumpre 17 mandados de busca e apreensão em casas localizadas em Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso e em Londrina, em empresas e na Prefeitura de Alvorada do Sul.

Utilização irregular de lei municipal

A operação foi deflagrada após nove meses de investigações. Nesse período se descobriu que o grupo se beneficiava de uma lei municipal para fraudar licitações para compra de materiais hospitalares.

De acordo com o promotor Jorge Barreto, a lei municipal estipula que apenas empresas que ficam até 50 quilômetros de distância de Alvorada do Sul poderiam participar de licitações da prefeitura.

“A legislação é legal e foi elaborada para beneficiar empresas locais. O problema é que foi utilizada para fins ilícitos. O decreto foi utilizado pelos investigados para eliminar a concorrência e permitir que um único empresário participasse do processo com apenas um valor, conforme o investigado queria. A licitação era dirigida e os valores superiores ao praticado no mercado”, contou o promotor.

Conforme o Gaeco, o empresário participava de licitações desde 2014 com pelo menos três empresas. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ainda não sabe quanto de prejuízo esse esquema causou aos cofres públicos, mas o total de contratos celebrados entre as empresas do investigado com o município foi de aproximadamente R$ 2,5 milhões.

“Não sabemos se esse empresário recebeu todo esse valor. O que sabemos é que ele estava se preparando para participar de mais uma licitação para compra de aparelhos de ar condicionado”, detalhou o promotor.

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