Senado aprova regras para o retorno de gestantes ao trabalho presencial

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O Senado aprovou nesta quinta-feira (16) projeto que estabelece regras para o retorno de gestantes ao trabalho presencial e define, entre os critérios, a imunização completa contra a Covid-19.

O projeto altera uma lei de maio de 2021que prevê que, durante o estado de emergência de saúde pública provocado pelo coronavírus, a trabalhadora grávida deverá permanecer afastada do trabalho presencial, exercendo as atividades de forma remota sem prejuízo de sua remuneração.

O texto foi aprovado pela Câmara em outubro mas, nesta quinta, sofreu alterações no Senado (leia mais abaixo). Por isso, a proposta volta para a análise dos deputados.

Defensores do projeto argumentam que a lei, do jeito que está, atribui aos empregadores os custos pela manutenção das gestantes que não podem realizar trabalhos de forma remota, à domicílio ou à distância.

“Quem nos garante que, durante a sua tramitação da proposta, empregadores preventivamente deixaram de contratar mulheres, iniciando um processo de discriminação? Muitos empregadores, certamente, sentiram-se inseguros no momento de aplicação de normas tão resumidas e tão negativas para aqueles que possuem, em seus quadros, elevados números de mulheres jovens. Muitas empregadas, por outro lado, devem ter sentido medo de perder o emprego, ao utilizar a prerrogativa legal”, afirmou o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), relator do projeto.

Pela proposta, a gestante deverá retornar ao trabalho presencial nas seguintes hipóteses:

vacinação completa contra a Covid-19;
fim do estado de emergência de saúde pública causado pelo novo coronavírus, conforme critérios definidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Até setembro, menos de 14% das gestantes e puérperas (mães de recém-nascidos) haviam tomado as duas doses da vacina contra a Covid.

 

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