Representantes das indústrias participam de reunião no STF com Bolsonaro

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A audiência foi marcada de última hora, Bolsonaro saiu do Palácio do Planalto a pé com o ministro Guedes e empresários de diversos setores da indústria para encontrar o ministro Dias Toffoli.

Em transmissão ao vivo por sua página, Bolsonaro elencou a pauta econômica para reunião com o presidente do STF, que não havia sido informado. Empresários fizeram um apelo a Toffoli, colocando a necessidade das indústrias voltarem as atividades, mas com um prazo de mais ou menos 15 dias para seguir as recomendações da OMS.

“Precisamos colocar a roda para rodar”, afirmou um dos empresários. Ele lembrou que o mês de abril desse ano foi o pior desde 1985 e o pior março desde a greve dos caminhoneiros. 

Bolsonaro voltou a falar que alguns estados foram longe de mais com medidas tomadas perante a pandemia e como isso afetou a economia, aumentando o desemprego e diminuindo a produção, colocando a economia do país em provável colapso mergulhando em uma crise. Também afirmou que assinou um decreto para que a construção civil seja considerada essencial e assinará outros decretos. 

Como as empresas estão rodando 40% da produção, um dos representantes do setor disse que não sabe que se após a ajuda do governo à população, as empresas conseguirão manter seus funcionários, expressando sua preocupação.

Dias Toffoli em sua fala disse que em primeiro lugar é preciso analisar o que foi positivo, assim como as medidas de prevenção contra a covid-19. Também pediu um comitê de crise envolvendo todos os poderes para pensar sobre as necessidades da economia, para retomada das atividades de uma maneira segura.

A sugestão do ministro Dias Toffoli foi que o governo faça um comitê oficial juntamente com lideranças de todos os estados e municípios, já que Justiça que está autorizando os mesmos tomarem as medidas de prevenção. Toffoli afirmou que “é fundamental ter esse diálogo”.  

Um dos representantes fez uma analogia dizendo que “o setor de indústrias está na UTI” e que os setores que estão funcionando se vierem a parar completamente, poderá ter um colapso na economia e uma desorganização social.

Ao final da reunião, em coletiva, Guedes pediu pra que o presidente vete o reajuste de 25% dos servidores públicos. Bolsonaro afirmou que “segue a cartilha de Paulo Guedes e é chefe executivo para tomar decisões, e que se for de vontade do ministro, será vetado”. 

“Depois da UTI, é cemitério”, declarou o presidente reiterando a questão econômica do país e dizendo que está trabalhando para incluir vários setores como essenciais por meio de decretos. 

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