Diversos setores da economia brasileira podem ser duramente impactados pela tarifa de 50% sobre produtos nacionais importados pelos Estados Unidos. A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump e deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os principais itens da pauta de exportações brasileiras aos EUA em 2024 incluem petróleo, minério de ferro, aço, máquinas e motores, aeronaves e produtos eletrônicos. Também ganham destaque alimentos como café, carne, suco de laranja e açúcar — todos potencialmente afetados pela nova política tarifária.
A decisão de Trump ocorre em meio a tensões comerciais com países do Brics, grupo ao qual o Brasil pertence. O presidente norte-americano tem ameaçado aplicar tarifas de até 100% aos integrantes do bloco que, segundo ele, não estiverem alinhados aos “interesses comerciais dos EUA”.
Recentemente, Trump também saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, e em seguida anunciou a tarifa de 50%, afirmando que o Brasil “não está sendo bom” para os Estados Unidos. Apesar da retórica agressiva, o republicano deixou em aberto a possibilidade de rever a medida, caso o Brasil “abra seu mercado e remova barreiras comerciais”.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país irá reagir com base na Lei de Reciprocidade Econômica, defendendo a soberania brasileira diante da imposição unilateral.
EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras
Em 2024, os Estados Unidos importaram US$ 40,3 bilhões em produtos brasileiros — um crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior (US$ 36,9 bilhões). Desde 2009, a China ocupa a posição de principal parceiro comercial do Brasil, deixando os EUA em segundo lugar no ranking de destinos das exportações nacionais.
fonte: metrópoles
