O policial militar filmado agredindo uma mulher com tapas e chutes, em Itambaracá, no Paraná, responde a um processo militar por agressão contra outra vítima dentro de uma delegacia. Conforme informações do G1, o caso foi registrado em abril de 2022 e teve como vítima uma mulher que procurava ajuda.
Segundo o Portal da Transparência do Governo do Paraná, o policial está na corporação há 16 anos, desde 2007. Na época, uma mulher de 22 anos foi levada ao pelotão da PM em Andirá (120 km de Londrina) após ser ameaçada pelo ex-companheiro.
Conforme o processo, o policial em questão, que estava de plantão no pelotão, agrediu a mulher na delegacia, erguendo-a pelos braços, pegando-a pelo pescoço e a arremessando contra a parede.
A agressão, de acordo com a promotoria do Ministério Público, foi cometida após a mulher ter se recusado a sentar em uma cadeira diferente da que já estava.
Na época, a vítima passou por exames no Instituto Médico-Legal (IML), que identificou hematomas após a agressão. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto e nele foi constatado indício de crime militar. Por conta desse inquérito, o policial foi repreendido disciplinarmente e responde ao processo por lesão corporal.
Além desse caso, a RPC também apurou que o soldado já teve 13 inquéritos militares instaurados contra ele na Corregedoria da PM por crimes de lesão corporal durante abordagens.
O g1 questionou a PM sobre o teor dos outros inquéritos militares abertos contra o soldado. Em nota, a Polícia Militar informou que a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp) assumiu a responsabilidade pelo caso.
POLICIAL FOI AFASTADO
O governador do Paraná, Ratinho Junior, confirmou na manhã desta segunda-feira (26) que o policial militar que foi filmado espancando uma mulher em Itambaracá, na região norte, foi afastado de forma imediata das suas funções. Em uma publicação nas redes sociais, o governador informou que pediu esclarecimentos sobre a situação para o Secretário de Segurança Hudson Teixeira e também garantiu que o Estado “não será conivente com qualquer abuso de autoridade”.
