Um caso de violência obstétrica foi registrado em Ibiporã, no norte do Paraná. Uma paciente identificada como Priscila de Almeida Santos teve o útero arrancado pelo médico durante o parto de sua filha, no Hospital Cristo Rei.
Antes da cirurgia, Priscila relata que foi xingada e ainda que o médico disse que ela “estaria fazendo graça para ir à cirurgia”. Em seguida, a mulher conta que um ovo com sangue (que depois descobriu que era o seu útero) foi puxado de maneira violenta entre a placenta.
O parto ocorreu há 32 dias e somente agora ela decidiu tornar o caso público. “Uma revolta muito grande. Faz 32 dias que isso aconteceu e a ficha começa a cair com a possibilidade de morte, sequelas e ainda estou me recuperando da cirurgia”, disse.
Após a cesárea, Priscila teve duas paradas respiratórias e ficou em coma por 36 horas.
INVESTIGAÇÃO
A denúncia foi registrada na Polícia Civil que instaurou um inquérito para investigar o caso. “Vamos ouvir os pais, as pessoas que tiveram contato com a paciente e solicitar uma resposta formal do hospital. Se tiver indícios de negligência ou omissão, vamos instaurar o inquérito”, afirmou o delegado Vitor Dutra.
O casal também informou que entrará com uma ação judicial contra o hospital. O tratamento da infecção custou cerca de R$ 34 mil e a família teve que fazer uma vaquinha virtual para arcar com as contas. Procurado pela reportagem, o Hospital Cristo Rei respondeu que não vai se manifestar sobre o caso.
As informações são do Balanço Geral e do Ric Mais.