Mortes por dengue crescem 85% em uma semana no Paraná

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Matéria de Paraná Portal

Aedes Aegipti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zica vírus.

Ao decretar estado de alerta no combate à dengue, o Governo do Paraná tem, em mãos, números alarmantes sobre o mosquito transmissor da doença, bem como onde ela está enraizada e mesmo por onde se espalha. Correto o governador Ratinho Junior e sua equipe da área sanitária do governo que abriram os olhos para tão importante e perigoso problema que afeta a saúde dos paranaenses.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que o Paraná tem hoje 149,53 casos confirmados de dengue por 100 mil habitantes, incidência que caracteriza estado de alerta para fins epidemiológicos. “Temos uma força-tarefa instalada em todo Estado, já atuando em mutirões, remoção de criadouros e orientações para a população e precisamos da ajuda da população neste combate ao vetor da dengue”, disse o secretário de Saúde, Beto Preto.

São mais de 20 mil casos confirmados da doença no Paraná. De agosto de 2019 até agora são 13 mortos; 62 municípios em situação de epidemia e cerca de 65 mil notificações para a doença. “Por isso nossa preocupação e concentração de esforços nesta luta”, pontuou.

Portanto, podemos notar que o Governo do Estado não está de braços cruzados em relação à dengue. Pelo contrário, está fazendo a lição de casa com várias ações através do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue. O comitê é composto por representantes de todas as áreas do Governo e sociedade civil organizada, e a função é promover a mobilização de combate à doença em todo o Estado, intensificar visitas domiciliares para a identificação de focos do mosquito e eliminação por meio mecânico, químico ou biológico, em todos os imóveis da área identificada como potencialmente transmissores.

“Estamos trabalhando fortemente para o combate. Mas mais do que materiais instrutivos, mais do que a minha fala, eu quero tocar o coração e a mente de cada um sobre a sensibilidade que é a questão da dengue. Esta é uma doença evitável, tratável, mas que ao mesmo tempo leva pessoas ao óbito. E nós da gestão em saúde e eu, falando agora como médico que sou, fico extremamente triste em saber que temos óbitos causados por doenças evitáveis”, lamenta Beto Preto.

O governo, no entanto, não quer pagar esta conta sozinho. Falta, portanto, uma maior participação dos gestores municipais, já que a dengue, ou seja, o mosquito que a provoca, está hospedado em depósitos de lixo, em vasos de flores, pneus velhos, calhas de água e outros locais. Todos os anos o mosquito aparece e os responsáveis pela área sanitária dos municípios sabem disso. Se não fizeram um trabalho de prevenção antes da entrada do mosquito, é pura negligência.

Com apoio das Regionais de Saúde e das secretarias de Saúde dos municípios, a Secretaria de Saúde promove desde o final de janeiro a capacitação para o manejo clínico para a dengue com a participação, até o momento, de aproximadamente 1.700 profissionais das regiões de Londrina, Maringá, Paranavaí, Campo Mourão, Jacarezinho, Cornélio Procópio e Cianorte; este curso visa agilizar o diagnóstico mais rápido da doença e continuará sendo replicado para mais municípios”, disse o secretário Beto Preto.

ALTO PARANÁ

Alto Paraná, cidade localizada no Noroeste do Estado, distante 475 km de Curitiba e 60 de Maringá, está literalmente infestada do mosquito. Observamos, pelas redes sociais, que a população está preocupada em combater o mosquito para evitar a doença, mas, infelizmente, a cidade foi contaminada. Foram notificados 1.164 casos, sendo desses 865 positivos. Isto sem contabilizar as pessoas que buscam socorro em cidades vizinhas, como Paranavaí e mesmo Maringá. Em Alto Paraná, voluntários saíram às ruas para recolherem lixos jogados nas calçadas e em terrenos baldios e se surpreenderam com tamanho descaso de alguns moradores que, eventualmente, não tenham informações precisas sobre os perigos que o mosquito causa com a consequente dengue. A cidade de Porto Rico, também com sérios problemas, cancelou o carnaval.

SINTOMAS DA DOENÇA

A dengue pode se apresentar na forma clássica ou na forma grave, que exige cuidados em leitos de observação ou até internação.

Os sintomas clássicos da doença são:

  • Febre alta com início súbito;

  • Dor de cabeça;

  • Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento deles;

  • Perda de paladar e apetite;

  • Náuseas e vômitos;

  • Tonturas;

  • Extremo cansaço;

  • Manchas e erupções avermelhadas na pele semelhantes ao sarampo ou rubéola, principalmente no tórax e membros superiores;

  • Moleza e dor no corpo;

  • Dores nos ossos e articulações;

Entre os sinais de alerta, é bom ficar atento a:

  • Dores abdominais fortes e contínuas;

  • Vômitos persistentes;

  • Pele pálida, fria e úmida;

  • Sangramento pelo nariz, boca e gengivas;

  • Sonolência, agitação e confusão mental (principalmente em crianças);

  • Sede excessiva e boca seca;

  • Pulso rápido e fraco;

  • Dificuldade respiratória;

  • Perda de consciência;

    Cuidar de todo o seu ambiente é o desafio. Não deixar que objetos acumulem água, ficar atendo a espaços e locais mesmo em sua casa, que pode ser um bom local para que a fêmea do Aedes deposite os ovos, ou seja, que tenha água parada, seja ela suja ou limpa”. (Beto Preto, secretário de Saúde).

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