Modelo alemã se declara “transracial” após processo de transformação para ter pele negra - Jornal Terceira Opinião

Modelo alemã se declara “transracial” após processo de transformação para ter pele negra

0

A modelo alemã Martina Big, conhecida por suas ousadas transformações corporais, está em um processo desde 2017 para conquistar sua visão de ter a pele negra, tomando injeções de melanina e utilizando uma câmara de bronzeamento artificial semanalmente. “Sou transracial”, afirma ela em entrevista ao Metrópoles.

Além de já ter passado por intervenções radicais, como a inserção de seis litros de silicone em cada seio, Martina agora adota o nome de Malaika Kubwa, uma homenagem ao nome que recebeu no Quênia, que em suaíli significa “grande anja”. Seus procedimentos são polêmicos, sendo amplamente criticados por profissionais da saúde. O programa americano Botched, especializado em corrigir cirurgias plásticas malsucedidas, já negou os pedidos da modelo para realizar implantes nos glúteos e modificar seu nariz para um formato que a fizesse se sentir “mais africana”.

As câmaras de bronzeamento, como as usadas por Martina, são proibidas no Brasil desde 2009 devido ao alto risco de câncer de pele, além de estarem associadas ao envelhecimento precoce e queimaduras, alerta o dermatologista Denis Ricardo Miyashiro. Contudo, Martina continua a utilizar seu equipamento, com 50 tubos de radiação UVB, em busca de sua transformação estética e pessoal. “No passado, minha pele era muito clara e meus cabelos loiros, mas sempre sonhei em ter uma pele bronzeada e sentia a necessidade crescente de me tornar mais escura”, explica.

Após um mês de injeções e sessões de bronzeamento, ela afirma ter atingido o tom de pele que desejava, dizendo que sua essência mudou ao ponto de se sentir e se identificar como uma africana. Além disso, Martina também passou por outros procedimentos, como lipoaspiração nas pernas e quadris, e a colocação de facetas de porcelana nos dentes.

Sua transformação inclui ainda implantes mamários: inicialmente com próteses de dois litros, substituídas posteriormente por modelos sob encomenda que podem comportar até 20 litros de solução salina. Atualmente, Martina possui seios com 6,6 litros de silicone cada, um dos maiores do mundo. Apesar da aparência, esses procedimentos também podem acarretar problemas de saúde, como sobrecarga da coluna, dores e distensão da pele, conforme explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance.

A busca de Martina por sua nova identidade também inclui imersões culturais em comunidades africanas e caribenhas. Ela acredita que sua jornada pode inspirar negros a se sentirem mais belos e livres de pensamentos coloniais. Contudo, ela é alvo de críticas por se identificar como transracial. “Alguns me acusam de roubar a identidade de uma raça ou de fazer piada com a questão racial, mas minha intenção nunca foi essa. Estou feliz e orgulhosa de ser uma mulher negra agora”, declara.

Apesar das controvérsias, Martina também é apoiada por admiradores que a veem como uma pessoa corajosa. “Quero construir uma ponte entre as culturas e contribuir para o entendimento mútuo entre brancos e negros”, conclui.

fonte: metrópoles.com

Comentários
Compartilhar.

Os comentários estão desativados.

×
Panver