Ministério Público pede cassação de prefeito de cidade no Paraná por suspeita de compra de votos com churrasco e doação de canos - Jornal Terceira Opinião

Ministério Público pede cassação de prefeito de cidade no Paraná por suspeita de compra de votos com churrasco e doação de canos

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O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) solicitou a cassação do mandato do prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes Filho (MDB), conhecido como Rudão Gimenes, da vice-prefeita Patricia Millo Marcomini (PSD) e do vereador Ezequiel Tavares Alves (PSD). O órgão também pediu a declaração de inelegibilidade dos três por, no mínimo, oito anos.

De acordo com o MPE, os investigados são suspeitos de promover um churrasco durante a campanha eleitoral de 2024, ocasião em que teriam distribuído canos de PVC à comunidade em troca de votos. Em vídeos anexados ao processo, os envolvidos aparecem em confraternização com moradores, exibindo material de campanha e entregando os canos, conforme descrito pelo Ministério Público.

Uma das testemunhas ouvidas no processo afirmou que moradores de um dos balneários, organizados em uma associação informal, solicitaram melhorias na infraestrutura local, especialmente a ampliação da rede de esgoto. Após contato com o então candidato a vereador Ezequiel Tavares, o grupo teria relatado a necessidade de canos para viabilizar as obras. Segundo o MP, a entrega do material ocorreu durante o evento, acompanhado de pedidos explícitos de votos e distribuição de panfletos eleitorais.

O parecer do Ministério Público foi protocolado na última quarta-feira (14) e representa a fase final do processo antes da sentença, que ainda não tem data para ser proferida.

O que dizem os envolvidos?

Em nota, a assessoria jurídica do prefeito Rudão Gimenes e da vice-prefeita Patricia Marcomini negou qualquer irregularidade. Segundo a defesa, o churrasco tratou-se de uma “reunião política”, na qual o então candidato apresentou propostas e ouviu demandas da população.

“A votação expressiva comprova, por si, a ampla aprovação de seus nomes pela comunidade pontalense, fruto de uma gestão séria e comprometida, que não pode ser maculada por acusações vazias e oportunistas. Confia-se que prevalecerá a justiça e a vontade soberana do povo”, diz o comunicado.

Até o momento da publicação, o vereador Ezequiel Tavares Alves não se manifestou.

 

fonte: g1.globo

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