
Vigilantes premeditaram crime contra adolescente que colhia mangas, diz delegado
Três jovens foram surpreendidos por quatro vigilantes na cidade de Medianeira; um adolescente de 14 anos morreu após ser espancado
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) revelou detalhes do crime que resultou na morte de um adolescente de 14 anos, que colhia mangas, na cidade de Medianeira, no oeste do estado. Conforme o delegado Denis Merino, quatro vigilantes são os responsáveis pela autoria e teriam premeditado a ação contra os meninos na noite do dia 27 de dezembro.
“O crime foi premeditado, dois dos autores estavam de serviço no dia, porém, não foram com o uniforme da empresa. Abandonaram seus respectivos postos”, declarou o delegado.
Os funcionários da empresa de segurança privada teriam monitorado os jovens e fizeram a abordagem na Avenida Brasil, no momento em que os garotos estavam em um terreno, pegando frutas em um pé de manga.
Os vigilantes agiram com extrema violência e espancaram um dos adolescentes até a morte, identificado como Luís Fernando Chiarentin. Outra vítima teve ferimentos graves e foi encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Conforme o delegado, os quatro suspeitos, que são considerados foragidos, não possuem parentesco, porém, atuam na mesma empresa. “Eles trabalhavam em uma empresa de segurança privada na cidade e esses menores iam até os locais de trabalho e havia desentendimentos por alguns atos que os menores cometiam”, comentou Merino.
Crime motivado por confusões anteriores
Os jovens alvo das agressões dos vigilantes já tinham se envolvido em algumas confusões na cidade. Há três meses, os garotos teriam violado o extintor de uma escola de Medianeira. Em outra ocasião, teriam arremessado bombinhas próximo à prefeitura.
Nesta quinta-feira (2), a PCPR divulgou as fotos dos quatro vigilantes suspeitos.
Josemar Ribeiro
Jonatan Cremonezi Gomes dos Santos
Gustavo Alves Rodrigues
Adlas Alisson Rodrigues Paula
A PCPR solicita a colaboração da população com informações que levem às capturas dos quatro investigados. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197 da PCPR, 181 do Disque-Denúncia ou (45) 3264-2324 (Whatsapp).