Um levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Governo do Paraná, aponta que Maringá, no norte do estado, possui as terras agrícolas mais caras do Paraná. De acordo com o estudo, o custo médio do hectare na cidade chega a R$ 185,4 mil.
O valor refere-se às propriedades classificadas como “A-I” — terrenos planos, férteis e com boa drenagem, considerados ideais para a produção agrícola.
“A tabela utiliza um padrão de classificação do solo que vai de A-I a A-II. Maringá estar na categoria A-I significa que há risco mínimo para a atividade agrícola”, explica o engenheiro agrônomo Ednaldo Michellon.
Outras cidades paranaenses também registram preços elevados:
- 2º lugar: Foz do Iguaçu – R$ 184,2 mil por hectare
- 3º lugar: Sarandi, Paiçandu, Floresta e Ivatuba – R$ 181,8 mil por hectare
Em 2024, a diferença de preços entre Maringá e Foz do Iguaçu diminuiu ainda mais. Enquanto Foz registrou valorização de 5,14%, Maringá apresentou alta de 5,52%.
Dados de uma consultoria especializada no mercado de terras indicam que, nos últimos cinco anos, o preço das áreas agrícolas no Brasil subiu 113%. O valor médio do hectare passou de R$ 14.818,10, em julho de 2019, para R$ 31.609,87 no mesmo período de 2024.
A valorização das terras agrícolas ao redor de Maringá impacta diretamente o mercado imobiliário. Como a extensão territorial do município é relativamente pequena, há escassez de terrenos disponíveis, o que eleva ainda mais os preços.
“Nós temos poucos vazios urbanos, e isso faz com que esses espaços se valorizem ainda mais. É a clássica lei da oferta e da procura”, explica Marco Tadeu Barbosa, vice-presidente regional noroeste do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi).
fonte: g1.globo
