A Polícia Civil do Maranhão concluiu que o ovo de Páscoa consumido por uma mãe e seus dois filhos, em Imperatriz, continha chumbinho um veneno altamente tóxico, proibido no Brasil, mas ainda utilizado ilegalmente como raticida. As duas crianças, de 7 e 13 anos, não resistiram após apresentarem sintomas graves de intoxicação. A mãe sobreviveu.
Jordélia Pereira, apontada como responsável pelo envio do chocolate, está presa e será indiciada por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento. Ao ser presa, ela admitiu ter enviado o ovo à família, mas negou ter adicionado o veneno.
A presença do chumbinho foi confirmada por análises realizadas pelo Instituto de Criminalística, divulgadas nesta quarta-feira (30). A substância foi detectada no doce, nos corpos das vítimas e em materiais apreendidos com Jordélia no momento da prisão.
Evely Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, foi sepultada no dia 23 de abril, no cemitério Bom Jesus, em Imperatriz. Segundo os médicos, ela morreu em decorrência de um grave quadro de intoxicação, com choque vascular e falência múltipla de órgãos.
Seu irmão, Luís Fernando Rocha Silva, de 7 anos, faleceu poucas horas após ingerir o mesmo ovo. A mãe também passou mal, mas conseguiu se recuperar.