Diego de Souza, que confessou ter matado a filha de 3 anos, a pequena Ayla Neres, disse em depoimento que cometeu o crime em um momento de “surto”. O relato feito à Polícia Civil do Paraná foi registrado na segunda-feira (23), após ele ser preso em um bar bebendo, logo depois de ter atirado contra a criança e abandonado o corpo no carro. Souza também baleou a ex-esposa, que estava com casamento marcado para o mesmo dia.
O assassino confesso da própria filha disse que não pretendia atirar contra a criança e a ex e que seu plano com a arma era cometer suicídio.
“Foi coisa que passou na minha cabeça na hora, me arrependo bastante, mas o meu plano era eu me matar. Eu não suportava a ideia de ela ficar longe de mim e ficar com outro pai. A [nome da mãe da criança]dificultava muito eu ver a Ayla. Pelo WhatsApp, pela rede social e pros amigos dela ela dizia, parecia que estava tudo bem, parecia que estava tudo certo, mas não era”, relatou Souza.
Ao ser questionado sobre como o disparo atingiu a criança que estava na cadeirinha no carro, o homem respondeu: “Não sei, estava fora de mim”. “Eu só me lembro que eu pedi pra amiga dela sair de lá, que não era com ela. Eu tinha intenção de me matar assim quando eu entregasse a Ayla pra ela [mãe da criança]”.
Em vários momentos do depoimento, o suspeito disse que teve um momento de surto. “Acho que foi um surto, eu sei que eu fiquei muito magoado com a [nome da mãe da criança]. Ela olhando como ela olhou pra mim, de vingança feita”, disse ele, sem detalhar do que se trataria a vingança. Ainda, disse que sabia que a ex-esposa estava de casamento marcado, mas que acreditava que seria no dia 27 de dezembro.
Ao ser questionado sobre estar sobre o efeito de drogas, Souza negou e disse que nunca foi usuário. O advogado dele, Alexandre de Aquino, já adiantou à RICtv Londrina que vai pedir um exame de insanidade no pai que matou a filha.