Geada negra pode atingir o Paraná após chegada de frente polar - Jornal Terceira Opinião

Geada negra pode atingir o Paraná após chegada de frente polar

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A chegada de uma frente fria de origem polar ao Paraná pode provocar geadas em diversas regiões do estado na madrugada desta terça-feira (24), incluindo a possibilidade de geada negra, fenômeno raro que causa o congelamento da seiva das plantas, levando à necrose e até à morte de plantações inteiras.

De acordo com o meteorologista Leonardo Furlan, do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), as temperaturas devem despencar especialmente no centro-sul do estado.

“A expectativa para cidades como Guarapuava, Pinhão, General Carneiro e Palmas é de até -3°C, podendo, de forma localizada, chegar a -4°C ou -5°C”, afirmou Furlan.

Segundo ele, a geada branca, que se caracteriza pelo visual de campos cobertos por cristais de gelo, deve se formar de maneira localizada. As regiões com maior chance de registrar o fenômeno são o Oeste, Sudoeste, centro, Sul, Sudeste e também a Região Metropolitana de Curitiba.

Na capital, a possibilidade de geada também existe, principalmente nos bairros mais ao sul. Na RMC, municípios como Lapa e Balsa Nova podem registrar temperaturas negativas.

Geada negra: vento, frio e baixa umidade

A geada negra, segundo Furlan, é causada pela combinação de vento moderado a forte, frio intenso e baixa umidade do ar. Esses fatores congelam a seiva das plantas sem formação visível de cristais, deixando um aspecto escurecido nos vegetais e provocando sua necrose.

“O destaque especial vai para o centro-sul paranaense, onde há risco de ocorrência pontual do fenômeno. Ele pode comprometer seriamente culturas agrícolas”, alerta o meteorologista.

Esse tipo de geada é incomum: o último grande episódio registrado no Paraná ocorreu em 1975, com prejuízos massivos à agricultura. Houve registros mais pontuais em 2013 e 2022, mas sem a mesma gravidade.

A recomendação para agricultores é de atenção redobrada nas próximas horas, especialmente em áreas de maior risco, como as de maior altitude e com histórico de frio intenso.

 

 

 

fonte: ric

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