França anunciou possível sucesso em primeiras provas de tratamento contra o Covid-19

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Um grupo de pesquisadores franceses anunciou resultados bem-sucedidos nos primeiros testes clínicos de um remédio contra o Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus.

Os especialistas do hospital universitário Méditerranée Infection, de Marselha, realizaram um remédio experimental da junção de duas substâncias combinadas: sulfato de hidroxicloroquina, derivado de um medicamento que costuma ser usado em tratamentos contra malária e outros males, e azitromicina, um antibiótico utilizado para tratar infecções respiratórias. espectro azitromicina.

Os medicamentos foram co-administrados separadamente a um grupo de 20 pacientes com covid-19. Eles foram separados em dois grupos, um deles, de 14, tomou 200 mg de sulfato de hidroxicloroquina três vezes ao dia. Os outros 6 pacientes foram tratados com a combinação da primeira dose junto com 500 mg de azitromicina nos dois primeiros dias, e 250 mg a partir do terceiro dia.

Após o quinto dia de tratamento, os 6s pacientes que utilizaram os dois medicamentos combinados deram negativo em seus exames, ou seja, estavam completamente curados. Já entre os 14 que tomaram apenas o sulfato de hidroxicloroquina, 7 tiveram teste negativo, a outra metade ainda continha o vírus e alguns sintomas.

Outra curiosidade foi que aconteceu com um dos pacientes do grupo que começou tomando apenas o sulfato de hidroxicloroquina, e que continuou sintomático após o quinto dia de tratamento, mas seguiu tomando as três doses diárias. No oitavo dia, os médicos deram a ele o mesmo tratamento do outro grupo, combinando a hidroxicloroquina com a azitromicina. No dia seguinte, amanheceu sem sintomas, e seu teste deu negativo.

O experimento não dá razão ao presidente Jair Bolsonaro que colocou o laboratório do Exército para fabricar a cloroquina, anunciando que este medicamento seria a cura para o covid-19. E ele não tem razão por vários motivos. Em primeiro lugar, porque a hidroxicloroquina é um derivado da cloroquina, são muito parecidas, mas não iguais. Em segundo lugar porque, como se vê nos resultados já mencionados, o tratamento só teve eficácia total nos casos em que foi combinada com um antibiótico específico.

Além disso, vale destacar que, embora os pesquisadores franceses tenham qualificado os resultados como “promissores”, também pediram cautela, pois ainda precisam fazer mais testes para saber se esse tratamento terá os mesmos resultados com qualquer tipo de paciente, e que efeitos colaterais poderia gerar a médio e longo prazo.

Fonte: Revista Forum

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