Em surto, ex-militar de 74 anos efetua mais de 60 disparos dentro de casa e faz mãe de 90 anos refém em Curitiba

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Matéria de Paraná Portal

Um senhor de 74 anos, ex-militar, teve um surto psicótico na noite desta segunda-feira (7) e causou pânico aos moradores do bairro Mercês, em Curitiba. Ele efetuou mais de 60 disparos dentro do apartamento onde mora e exigiu uma operação de cinco horas da polícia. Além disso, fez sua própria mãe, de 99 anos, e a enfermeira dela, de 50 anos, como reféns.

As duas foram liberadas após três horas de negociação com o suspeito, mas o caso só foi resolvido quando o homem se jogou da janela, uma altura de três metros, após a polícia jogar duas bombas de gás lacrimogênio no apartamento do segundo andar. Além disso, o idoso ainda foi baleado – com bala de borracha – na perna, mas passa bem após ser encaminhado ao Hospital Evangélico, onde ainda está internado.

De acordo com a assessoria do hospital, ele vai passar por avaliação da psiquiatria, psicologia e ortopedia. Por enquanto, ele apresenta um quadro estável e não tem previsão de alta.

“Diante do risco de uma pessoa em surto psicótico, que estava bem armado, com muita munição disponível, o encerramento dessa situação foi a melhor possível, pois não houve feridos e o causador do evento crítico foi contido sem ferimentos graves causados pela PM”, explicou o tenente-coronel Anderson Teixeira.

No total, foram apreendidas três armas, um colete balístico e 386 munições – 274 de calibre .38 e 112 de calibre .12. Além disso, o suspeito ainda tinha 3.390 espoletas e uma máquina de recarga de munições.

O SUSPEITO

Conforme as informações da PMPR (Polícia Militar do Paraná), Luiz Carlos de Campos era ex-militar, já trabalhou como professor de francês em Curitiba e não tinha antecedentes criminais. Além disso, tinha registro de quatro armas de fogo.

“O local que ele estava confinado, fez várias barricadas. Ele não respondeu à negociação e efetuou vários disparos. Foram vistas duas armas longas, uma calibre 12 e uma espingarda winchester, e também um revólver calibre 38”, conta o coronel Hudson Teixeira.

“Nós optamos por não fazer o uso do sniper para preservar a vida dele e fazer com que ele saísse com a utilização do gás lacrimogênio. Ele pulou de uma altura de três metros e foi atingido por munição não letal. Primeiro ele jogou um machado para tentar arrebentar a parede e depois usou para arrebentar a janela. No momento que ele pulou, estava desarmado”, completa o coronel.

Duas quadras da Rua Martim Afonso (entre a Alameda Prudente Moraes e a Rua Visconde do Rio Branco) acabaram sendo bloqueadas em Curitiba. Além do isolamento da área, a PMPR também evacuou as residências no apartamento onde o ex-militar estava.

Com a ocorrência, que durou cinco horas, o congestionamento foi grande e o fluxo de carros ficou carregado na região.

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