Em Curitiba, cadela é morta a tiro por ser suspeita de comer os ovos das galinhas do vizinho - Jornal Terceira Opinião

Em Curitiba, cadela é morta a tiro por ser suspeita de comer os ovos das galinhas do vizinho

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A Polacaera uma cadelinha vira-lata que estava feliz, amamentando seus quatro filhotesde menos de 20 dias e sendo bem tratada pela dona, a Viviane Calionis, de 32 anos. Mas acabou pagando por um “crime” que, segundo sua dona, ela não cometeu.

Ela foi morta a tiro, “acusada” de invadir o terreno vizinho para matar as galinhas e comer os ovos. O crime ocorreu por volta das 16h desta terça-feira (12/10), Dia das Crianças, na Rua Augusto Beck, bairro CIC, em Curitiba.

Viviane conta que foi ao mercado com o seu filho e, quando voltou, já notou a cadela deitada perto do rio. Desconfiou que ela não estava bem e, ao chegar perto, viu o buraco na barriga do animal. Quando chamou seu marido, ele disse que tinha mesmo escutado um barulho de tiro, mas não notou que tinha atingido um animal da propriedade

Conforme a tutora, o vizinho há tempos estava acusando Polaca de invadir a propriedade dele para estragar com plantas e comer os ovos das galinhas. Então o marido de Viviane já desconfiou que tinha sido coisa do vizinho e foi lá tirar satisfações. Segundo ela, assim que seu marido perguntou quem fez aquilo, um dos moradores levantou-se da cadeira e prontamente disse “fui eu”.

“Ele partiu pra cima do meu marido, que deu um chute nele e o homem caiu de volta na cadeira. Esse vizinho já matou alguns animais meus, fiquei quieta, deixei passar. Mas agora passou do limite e estamos recebendo ameaça, que ele tá mandando uma pessoa aqui armada para nos matar”, contou a dona da cachorrinha.

Ela ainda relatou que o vizinho acusou injustamente Polaca do “crime” de matar outros animais e comer ovos das galinhas na propriedade.

Depois da discussão com o vizinho, ela conta que ficou meio perdida, sem saber o que fazer. Deu paracetamol para Polaca, ainda viva, pra amenizar a dor, e começou a telefonar à polícia. 

A tutora da Polaca disse que primeiro ligou para o telefone 190, da Polícia Militar, para pedir uma viatura no local. Mas, na versão dela, os policiais disseram que não podiam fazer nadaem relação ao assunto. Viviane ainda insistiu, afirmando que estava com medo porque o vizinho permanecia armado e eles estavam com receio que houvesse mais briga e mais tiros. Mas, segundo ela, os policiais reforçaram que não poderiam fazer nada e foram grosseiros ao telefone.

“Será que estão esperando o vizinho atirar em mim pra virem aqui?”, esbravejou Viviane.

Viviane disse que insistiu, ligando para o 181, onde recebeu a mesma orientação e os policiais teriam sido ainda mais grossos. Ela disse que também ligou para o 153, da Guarda Municipal de Curitiba, que a orientou a ir a uma delegacia prestar queixa

A tutora até conseguiu veterinário. Porém a ajuda não chegou em tempo. Polaca morreu em seguida.

A mulher conta que já resgatou vários animais de rua, cuidou de todos, deu atenção, carinho. Tem outros animais de criação no sítio e diz que faz porque gosta dos animais. Os cães que ela ainda tem no sítio estão na fila, aguardando por castração.

O delegado Matheus Laiola, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) de Curitiba, informou que já está ciente do caso e iniciou o atendimento à família na noite desta segunda-feira (12/10).

Fonte: ricmais.com.br

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