A prefeita de Marituba, na região metropolitana de Belém, no Pará, Patrícia Alencar (MDB), se disse “traída” após um vídeo em que ela aparece dançando de biquíni ter “vazado” de um perfil privado e viralizado nas redes sociais na quinta-feira (05).
“Me senti extremamente violada, porque esse vídeo foi há 15 dias, em Instagram privado, onde escolhi os seguidores a dedo e onde mostro momentos da Patrícia longe do trabalho, nada envolvendo meu profissionalismo, e eu fui traída por uma pessoa que estava nesse perfil”, disse ela em entrevista ao g1, publicada nesta sexta-feira (06).
De acordo com a gestora, as imagens foram divulgadas em perfil privado do Instagram com cerca de 185 seguidores. Depois, alguém gravou a tela e compartilhou o vídeo sem autorização. Com a repercussão, ela chegou a publicar as imagens em seu perfil principal, com mais de 875 mil seguidores, e reagiu às críticas: “mulher pode ser trabalhadora, mãe e bonitinha”. “Égua do machismo, evoluam”, disparou
Patrícia disse ainda, sobre a repercussão, que a sociedade é “machista, preconceituosa” e que isso ainda está “vivo nos dias de hoje”. “Mulheres precisam praticar a empatia, porque infelizmente uma boa parte dos comentários são de mulheres. É um momento de união, onde a gente precisa debater a violência de gênero na política”, pontua.
Ainda em entrevista ao g1, a prefeita afirmou que “o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção, a ineficiência ou o descaso na política”. “Quando um homem se diverte ou relaxa, é visto como autêntico. Mas, quando se trata de uma mulher, ela é julgada, como se isso anulasse sua competência”, concluiu.
Patrícia Alencar foi reeleita prefeita da cidade na região metropolitana de Belém com 71,50% dos votos válidos no pleito do ano passado. Everaldo Aleixo (Podemos) ficou em segundo lugar, com 18,11% dos votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Empresária, Patrícia nasceu no interior de Pernambuco, em Bodocó, e mora na cidade há 16 anos. Em 2020, ela decidiu se candidatar às eleições com pautas focadas na mulher, na juventude e na geração de emprego e renda.
Fonte: Itatiaia