O adolescente de 14 anos, suspeito de assassinar os pais e o irmão caçula de três anos a tiros, pesquisou na internet “como receber FGTS de falecido” logo após o crime. O caso brutal foi revelado na última quarta-feira (26), em Itaperuna, no noroeste do Rio de Janeiro, e o garoto foi apreendido. Ele responderá por triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com a Polícia Civil, a frieza do adolescente durante o depoimento chamou atenção dos investigadores. A busca feita no celular indicava que ele procurava acesso ao Fundo de Garantia do pai, estimado em cerca de R$ 33 mil.
As vítimas foram identificadas como:
- Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos (pai)
- Inaila Teixeira, de 37 anos (mãe)
- Antônio Filho, de 3 anos (irmão)
Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, há indícios de premeditação. O adolescente confessou que tomou suplemento de pré-treino para conseguir ficar acordado até os pais dormirem. Depois, usou uma arma escondida embaixo da cama para matá-los com tiros na cabeça. O irmão foi atingido no pescoço.
Após o crime, ele utilizou um produto de limpeza para facilitar o arrasto dos corpos até a cisterna do quintal, onde foram encontrados em avançado estado de decomposição.
Conforme a investigação, o crime teria ocorrido no fim de semana, mas só foi denunciado na terça-feira (25), quando a avó paterna foi com o neto à delegacia relatar o desaparecimento da família. Na ocasião, o adolescente alegou que o irmão havia se machucado e que os pais o levaram às pressas para o hospital — mas não retornaram.
A versão caiu por terra após a perícia encontrar manchas de sangue, roupas queimadas e um forte odor na casa. Os corpos foram localizados dentro da cisterna.
O adolescente relatou ainda que mantinha contato com uma garota residente no Mato Grosso e que pretendia viajar mais de 2 mil quilômetros para encontrá-la. Ao pedir autorização aos pais e ser proibido, ele teria decidido cometer os assassinatos.
Ao ser questionado sobre o motivo de também matar o irmão pequeno, o garoto respondeu que o fez para “poupá-lo da dor de perder os pais”. Durante o depoimento, não demonstrou qualquer remorso:
“Perguntamos se ele se arrependia. Ele respondeu que não, que faria tudo de novo. É um menino frio, sem arrependimento, e muito espontâneo ao relatar o que fez. Se autoafirma como homem o tempo inteiro”, disse o delegado Guimarães.
A arma usada no crime foi encontrada na casa da avó, que relatou tê-la guardado por medo de que o neto se machucasse — a polícia acredita que ela não sabia do crime.
O caso segue sob investigação.
fonte: ric