Cavalos que seriam mortos para fazer mortadela são resgatados na fronteira

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Vinte e sete cavalos foram salvos de serem mortos para produção de mortadela.

O homem, de 48 anos, que fazia o transporte clandestino dos animais foi preso na manhã deste último domingo (18), em Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul.

A ação foi realizada em continuidade às investigações iniciadas pela IAGRO ( Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS) na fiscalização realizada em 04 de fevereiro deste ano, quando o condutor de um caminhão boiadeiro foi parado em barreira, em conjunto com a Polícia Militar, fato registrado na 1ª DP de Ponta Porã.

Força-tarefa foi montada para monitorar a rodovia MS 386 com a finalidade de impedir o abate ilegal dos animais. Dos 27 equinos resgatados, 13 são fêmeas e 14 machos.

Conforme informado pelo autor, os equinos foram carregados no município de Potirendaba/SP, próximo de Rio Preto/SP, onde foram comprados por R$ 300, totalizando R$ 8.100. O suspeito, em entrevista disse que ele mesmo realizava a compra e a revenda dos cavalos pelo valor de R$ 21.600.

Os animais teriam um assentamento como destino. Ainda de acordo com o que foi repassado pela PCMS (Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul), os cavalos eram refugos de fazendas, denominados pangarés, e o receptador os encaminhava para consumo humano no Paraguai, utilizados como embutidos, mortadela, entre outros produtos de origem animal.

O criminoso ainda contou que, em média, realizava quatro viagens como esta por mês.

Os médicos veterinários da IAGRO constataram que os animais estavam extremamente debilitados, com lesões de pisadura (machucados) de arreio/sela, nas ancas, algumas em estágio inicial de cicatrização (recentes), transportados em gaiola metálica sem o piso emborrachado o que contraria as boas práticas de manejo no transporte recomendadas pelo Ministério da Agricultura, caracterizando indícios de maus-tratos para com os animais.

A ocorrência foi apresentada na 1ª Delegacia de Ponta Porã e a autoridade policial decidiu pela lavratura do auto de prisão em flagrante. A prisão ressalta a importância da repressão a alimentos descaminhados e contrabandeados sem registro no Ministério de Agricultura e Pecuária – MAPA, pois a produção de alimentos com carne de animais doentes traz sérios riscos à população.

Além disso, esses alimentos não contém nos rótulos que na composição é empregada carne de equinos. Na fiscalização anterior foram apreendidos 28 animais.

 

 

 

fonte: catve.com

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