Caso Eduarda Shigematsu: procuradoria pode que avó vá a júri popular - Jornal Terceira Opinião

Caso Eduarda Shigematsu: procuradoria pode que avó vá a júri popular

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O caso Eduarda Shigematsu tem mais um capítulo em outubro. A Procuradoria Geral de Justiça entrou com um recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná para que Terezinha de Jesus Guinaia, avó da menina encontrada morta em abril de 2019 em Rolândia, vá a júri popular. Em parecer, a Procuradoria diz que não há elementos para que ela responda por homicídio, mas que deve ser julgada por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

O posicionamento é contrário ao juiz criminal de Rolândia, Alberto Ludovico, que apontou que a denúncia contra a avó é improcedente neste caso, determinando em agosto que ela deixasse de ser julgada no processo.

Eduarda Shigematsu, de apenas 11 anos, desapareceu em Rolândia no dia 24 de abril. Quatro dias depois, o seu corpo foi encontrado enterrado no quintal de um imóvel do pai, Ricardo Seide. A criança estava com as mãos e pés amarrados e a cabeça envolta em um saco plástico. Câmeras flagraram o pai permanecendo aproximadamente 20 minutos neste local no dia do desaparecimento da criança.

Seidi foi preso no mesmo dia que o corpo foi encontrado e confessou que ocultou o corpo da filha, mas negou que tenha assassinado a criança. Segundo sua versão, o desespero de encontrar a filha enforcada dentro de seu próprio quarto fez com que tomasse a decisão de ocultar o corpo.

No dia 29 de abril, os resultados de exames feitos no Instituto Médico-Lega apontaram que Eduarda morreu por esganadura. Já no dia 30 de abril, a avó de Duda foi presa após prestar depoimento. Tanto Terezinha como o filho Ricardo Seidi foram acusados, pelo Ministério Público do Paraná, no dia 25 de junho, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

No dia 27 de junho, a avó foi solta porque a Justiça declarou que como o inquérito da Polícia Civil já havia sido concluído, a ré não poderia atrapalhar as investigações, podendo responder em liberdade. Em 7 de agosto, a Justiça determinou que o pai de Eduarda Shigematsu vá a júri popular.

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