Camisetas com rosto de Moro são queimadas por grupo e ex-porta-voz do movimento critica: “Oportunismo” - Jornal Terceira Opinião

Camisetas com rosto de Moro são queimadas por grupo e ex-porta-voz do movimento critica: “Oportunismo”

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Via: Banda B

O rompimento de Sérgio Moro com o presidente Jair Bolsonaro intensificou divisões internas no movimento que levou milhares de pessoas às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff. Em Curitiba, berço da Operação Lava Jato, não é diferente e o fim de semana foi marcado por diferentes posicionamentos de líderes nas redes sociais. Uma dessas manifestações chegou, inclusive, a ganhar a mídia nacional ao mostrar um dos grupos mais atuantes de apoio à Lava Jato queimando camisetas do agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. A ex-porta-voz do movimento Acampamento Lava Jato, Narli Resende, porém, criticou nesta segunda-feira (27) o uso da marca e definiu o vídeo como “oportunismo”.

Em entrevista à Banda B, Narli afirma que o Acampamento Lava Jato foi encerrado no começo de 2018 e, desde então, pessoas têm se utilizado da marca para autopromoção. “Foram alguns os motivos que nos levaram a encerrar o movimento, incluindo rachas internos, ameaças provocadas pela polarização e o ano eleitoral. Mas, de maneira oportunista, esse grupo usa o nome do movimento para fazer campanha ao candidato que escolheram. Não temos nada contra apoiar esse ou aquele candidato, mas repudiamos o uso do nome”, afirmou.

O vídeo ainda consta com o nome “Acampamento Lava Jato”, mas após as primeiras críticas de apoiadores de Sérgio Moro, o grupo diz que passou a se autodenominar “Acampamento com Bolsonaro”.

O novo grupo afirma ainda que votou em Bolsonaro e não em Moro.Nas imagens postadas nas redes sociais, cerca de dez mulheres confirmam a mudança. “Aí Sérgio, o Acampamento Lava Jato acabou, até isso você conseguiu. Só que agora nasceu o Acampamento com Bolsonaro. Esse cara não nos representa”, diz uma das apoiadoras, recendo apoio das demais.

Registro

Segundo Narli, o movimento nunca tinha se preocupado em registrar o nome ‘Acampamento Lava Jato’, mas agora ela entrou com o pedido para um movimento de preservação histórica. “Sempre fomos apolíticos, defendendo a Justiça, a força-tarefa da Lava Jato e o combate à corrupção. Temos muito orgulho da citação no livro do Dr. Deltan Dallagnol e não vamos deixar essa atitude radical e extremista sujar nosso trabalho e tudo o que foi feito em prol do Brasil”, concluiu.

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