O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal nesta terça-feira (15) por suposta participação em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023. O caso envolve um cartão amarelo recebido pelo jogador em partida contra o Santos, o que gerou movimentações suspeitas em casas de apostas. A informação foi divulgada inicialmente pelo site Metrópoles.
Na ocasião, Bruno Henrique foi advertido nos acréscimos do segundo tempo, após cometer falta em Soteldo. Na sequência, discutiu com a arbitragem e acabou expulso. O lance chamou atenção das plataformas de apostas, que registraram uma concentração anormal de palpites no cartão amarelo do atleta: em uma das casas, 98% das apostas para esse tipo de ocorrência envolviam o nome do atacante; em outra, o índice foi de 95%. Até então, Bruno havia recebido cinco amarelos em 22 partidas na competição.
Além do jogador, foram indiciados seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior; a esposa de Wander, Ludymilla Araújo Lima; e a prima do atleta, Poliana Ester Nunes Cardoso — todos por apostarem especificamente no cartão recebido por Bruno Henrique.
Outros envolvidos, como amigos de Wander, também são alvos da investigação: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.
Bruno Henrique e seu irmão foram enquadrados no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata da fraude em competições esportivas, com penas que variam de dois a seis anos de reclusão. Eles também respondem por estelionato, cuja pena pode chegar a cinco anos.
As investigações da PF começaram em agosto de 2023. Em novembro, agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do atacante, confiscando celular e computador. Mesmo assim, Bruno seguiu atuando normalmente, inclusive nas finais da Copa do Brasil contra o Atlético-MG.
Até o momento, o Flamengo e o jogador optaram por não se manifestar. Bruno Henrique, inclusive, está relacionado para a partida desta quarta-feira (16), às 21h30, contra o Juventude, no Maracanã.
Agora, o Ministério Público deve analisar o relatório da Polícia Federal para decidir se oferece ou não denúncia formal contra os envolvidos.
finte: ric