A família de Luíz Augusto de Oliveira, que agora tem 5 meses de vida, entra em desespero toda vez que o bebê para de respirar, o que acontece até 40 vezes ao dia. As apneias respiratórias duram segundos e refletem a hipertensão intracraniana causada pela hidrocefalia.
A angústia da família diante dos segundos que parecem eternos vai acabar com a cirurgia recentemente feita no Hospital Evangélico de Londrina, no Paraná, que fica a mais de 2 mil km de distância de onde moram, em Feira Grande, Alagoas.
Flaviana dos Santos Silva, teve uma gestação de risco e chegou a fazer uma cerclagem, utilizada para evitar o parto prematuro. Mas, com 27 semanas as crianças nasceram, sendo que uma delas não sobreviveu. O pequeno Luís ficou na UTI e vivenciou várias intercorrências e infecções.
Segundo Flaviana, a família percebeu que a cabeça do bebê estava crescendo além do comum. Quando questionaram os médicos, a hidrocefalia foi descoberta, mas a informação que recebeu de diversos profissionais é de que a cirurgia não seria necessária. “Todos eles falavam que o tamanho da cabeça dele estava normal, que não estava crescendo e estava sendo compensada”.
Após decidirem procurar a avaliação de outro médico, a mãe descobriu no Instagram o médico Alexandre Canheu, neurocirurgião pediátrico, no Paraná e que é uma referência na área por muitos casos resolvidos, e também conhecido por ter mais de 100 mil seguidores e dar orientações a pais de todo o Brasil.
“A hidrocefalia causa uma lesão a mais no cérebro dele, então precisamos controlar a hidrocefalia e estimular a criança, porque ele já vai ter um quadro de paralisia cerebral, só não sabemos o quão grave será. Só saberemos o grau do comprometimento cognitivo e motor com o desenvolvimento, então ele precisa ser tratado. O procedimento aconteceu com atraso, mas afastamos o risco de morte, porque a cirurgia já deveria ter sido feita” – explica Canheu sobre o quadro de Luís.
fonte: taroba.com