O pastor Adonias Silmann, de 58 anos, natural de Apucarana, é suspeito de atropelar e causar a morte da jovem Paola da Silva Barbosa, de 22 anos, em Rolândia, no Paraná.
O incidente ocorreu no dia 13 de dezembro de 2024, quando Silmann dirigia uma caminhonete Ranger branca e realizou uma conversão proibida na rodovia PR-170. O veículo atingiu Paola, que pilotava uma motocicleta, e o pastor fugiu do local sem prestar assistência à vítima.
O caso ganhou repercussão na mídia regional após Silmann prestar depoimento na Delegacia de Rolândia e ser liberado, já que não havia flagrante no momento do ocorrido. Nesta quinta-feira (13), o presidente da Assembleia de Deus Campo de Apucarana, Edinei Pagani Acioli, gravou um vídeo afirmando que a igreja não reconhece Adonias Silmann como membro e desconhece sua filiação a qualquer congregação.
No comunicado, Acioli dirigiu-se aos fiéis da Assembleia de Deus, assegurando que nenhum pastor ou líder da comunidade esteve envolvido em um acidente fatal. “Quero deixar claro a todos os nossos membros que nenhum pastor nosso se envolveu em acidente em Rolândia ou em qualquer outro lugar que tenha resultado em morte”, destacou. Ele reforçou que Silmann não integra o quadro de pastores da igreja e que sua congregação é desconhecida.
A equipe de reportagem do TNOnline também entrou em contato com o Conselho de Ministros Evangélicos de Apucarana e Região (CMEAR), que confirmou não ter qualquer registro ou conhecimento sobre Adonias Silmann, afirmando que ele não é filiado à entidade.
As investigações da Polícia Civil revelaram que, após o acidente, Silmann mandou consertar a caminhonete e a vendeu. O veículo foi localizado em Iborã, próximo a Umuarama, já com um terceiro proprietário. Em seu depoimento, o pastor alegou não ter percebido que havia atropelado Paola. O inquérito policial continua em andamento, e Silmann pode ser indiciado por homicídio culposo ou doloso.
A reportagem tentou contato com o advogado de defesa de Silmann, mas até o momento não obteve resposta.