Matéria de Mais Goiás
O laudo que apura a morte de Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos – estuprada na UTI de um hospital privado de Goiânia -, aponta que os procedimentos para entubação rasgaram a traqueia da jovem, o que culminou na embolia pulmonar que tirou a vida dela. As informações são do advogado da família, Darlan Alves Ferreira. Pelo erro exposto, foram indiciados os médicos Frederico Dutra Oliveira e Paulo Coutinho Seixo de Brito Júnior, ambos por imperícia e homicídio culposo.
Ainda segundo o advogado, a entubação tem relação direta com os abusos sofridos pela jovem na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do Hospital Goiânia Leste (HGL). Susy teria pedido a uma enfermeira que chamasse o pai dela para fosse transferida de hospital por conta dos abusos. A entubação teria sido uma forma de silenciá-la.
“O vídeo com os procedimentos médicos mostram o momento em que a traqueia de Susy foi rasgada. A força foi tamanha que o sangue jorra pela boca da garota”, diz o advogado. “O inquérito é grande e os laudos bem completos. Agora vamos analisá-los com calma, junto com os pais para ver o que podemos fazer daqui por diante”, informa.
O caso
A estudante deu entrada na unidade hospitalar no dia 16 de maio após apresentar um crise convulsiva. Ela teve que ficar internada e, segundo a titular da Delegacia Estadual de Proteção à Mulher (Deam), Paula Meotti, foi estuprada naquele mesmo dia. O suspeito do crime é o técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos, de 41 anos.
Na época, os responsáveis pelo hospital informaram ao pai de Susy que ela teria morrido em consequência de uma infecção pulmonar e pulmonia. O que foi negado pelos laudos obtidos pela investigação do caso.