Advogada diz que hospital teria escondido da mãe que bebê teve cabeça arrancada - Jornal Terceira Opinião

Advogada diz que hospital teria escondido da mãe que bebê teve cabeça arrancada

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Cerca de duas horas após a cabeça de um bebê ser arrancada durante parto no Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte, a mãe, que havia sido sedada, acordou. O bebê, já sem vida, foi entregue em suas mãos já vestido e com um lencinho no pescoço. “A família sabe que tentaram esconder. Colocaram um lencinho no corpinho do bebê e falaram que não era para tirar a roupinha”, conta a advogada Jennifer Valente, responsável pela defesa da família. A suposta farsa teria sido revelada pela mãe da gestante. “A avó identificou um fio no bebê”, denuncia. 

Toda a preparação para o parto da mãe não foi feita de última hora. Ranielly Coelho, de 34 anos, deu entrada no hospital uma semana antes, na segunda-feira de 24 de abril, queixando-se de pressão alta, e ficou internada até a indução do parto, na madrugada de domingo para segunda, 1º de maio. A equipe da maternidade já conhecia o seu caso. “Ela estava com 7 meses. Já estava constatado que ela não tinha passagem. Não foi um problema novo, o primeiro filho nasceu de parto por fórceps há nove anos atrás”, explica a advogada, citando o procedimento médico usado para auxiliar a saída do feto.

De acordo com Valente, a família chegou a pedir por cesariana, mas a equipe do Hospital manteve a decisão no parto induzido. “Todos da família pediram pela cesárea em algum momento. A avó, mãe da gestante, ofereceu pegar empréstimo para pagar o procedimento, se fosse preciso, só para cessar o sofrimento da filha. Mas a equipe disse que não seria possível”, afirma. 

O momento do parto começou da forma habitual, com o pai acompanhando o procedimento. “Estava tudo normal, as médicas chamaram o pai para visualizar o parto. Em certo momento, o bebê teve dificuldade para respirar. Foi quando a médica subiu na barriga da mãe e fez força para puxá-lo, tirando sua cabeça”, conta a advogada. A partir daí, a situação saiu do controle. “Nesse momento, gerou uma confusão. O pai foi tirado da sala, sedaram a mãe. Cerca de duas horas depois, quando ela acordou, lhe entregaram o bebê com a cabeça costurada, com roupinha”, continua. 

Com a indicação de não tirar a roupinha do bebê, que também estava coberto com um lencinho, a avó da criança identificou um fio no pescoço dele e confirmou que a cabeça havia sido arrancada e costurada. “Não falaram sobre antes da avó ver. Já era início da manhã de segunda. A família conta que a equipe da maternidade estava muito apreensiva, com cochichos, nervosos”. 

Foto: Alex de Jesus

fonte: otempo.com 

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