Um adolescente, de 17 anos, morreu durante uma cirurgia de remoção do dente do siso. Erik Edge sofreu complicações devido à anestesia aplicada. O caso foi registrado em junho deste ano, na cidade de Spokane, em Washington (EUA). Na segunda-feira (9), os pais do jovem entraram com uma ação por negligência médica.
Conforme o pai da vítima, ele esperava que fosse um procedimento rápido e comum de remoção do dente do siso, mas percebeu paramédicos e bombeiros entrando no consultório. Em seguida, ele viu os médicos realizando manobras de RCP (reanimação cardiopulmonar) no adolescente. Erik foi levado para um hospital local, mas não sobreviveu.
De acordo com o processo, pouco depois da anestesia ser administrada, a garganta de Erik fechou. Conforme George Ahrend, o advogado da família, o médico não percebeu que o adolescente estava sem respirar “por “vários minutos”.
Ahrend alegou que McLelland e sua equipe não estavam equipados para prestar cuidados que salvassem vidas e Erik morreu como resultado. Além disso, de acordo com o relato do advogado, o médico McLelland atuou como cirurgião e anestesista durante o procedimento para aumentar seus lucros.
“A segurança do paciente deve ser sempre a principal prioridade. É prática padrão que a anestesia seja administrada por alguém que dedique toda a sua atenção ao paciente. Quando um cirurgião divide seus trabalhos para dobrar seus lucros, isso abre a porta para riscos desnecessários que levam a perdas trágicas como a morte de Erik”, relatou Ahrend.
Conforme o departamento de saúde do estado, a licença de anestesia-geral de McLelland foi removida no ano passado. Steve Lamberson, o advogado do médico, afirma que todas as medidas de segurança foram tomadas.
“Ele e sua equipe foram profundamente impactados, mas ele seguiu os protocolos de segurança e atingiu o padrão de cuidado”, escreveu Lamberson em uma declaração. Ele acrescentou que seu cliente está preparado para se defender no tribunal.
Sara, a mãe do jovem, é enfermeira, e alegou que não teria deixado o filho passar pela cirurgia se soubesse que não havia um anestesista especializado na sala. Atualmente ela orienta as pessoas para que outras famílias não passem pela mesma situação.
“Descubra se há um especialista, um anestesista bem qualificado ou um enfermeiro anestesista na equipe. Pergunte se há equipamento adequado na sala. Pergunte que tipo de treinamento a equipe tem. Eles praticam para eventos como este? Certifique-se de que o carrinho de emergência, se houver, tenha equipamento atualizado e não vencido”, alertou a mãe da vítima. O processo continua, até o momento não há detalhes do caso.
fonte: ric.com