Um jovem de 21 anos foi brutalmente assassinado após ser sequestrado em Florianópolis, na noite de sexta-feira (13), em um crime ligado ao universo das apostas online, conhecidas como “bets”. Antes de ser executado com um tiro, ele foi mantido em cárcere, torturado, e forçado a transferir dinheiro via Pix e a pedir quantias a amigos por meio de mensagens no WhatsApp.
Segundo o delegado Anselmo Cruz, da Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS) da Capital, a vítima também apostava presencialmente em jogos de pôquer e teria sido alvo do crime por envolver-se em dívidas com outros apostadores.
O jovem foi atraído por um conhecido com a promessa de receber o pagamento de uma dívida. Na verdade, esse mesmo conhecido — que devia dinheiro à vítima — arquitetou o sequestro como forma de saldar os débitos. “Ele foi o mentor intelectual de toda a ação”, afirmou o delegado.
Após a emboscada, o jovem foi sequestrado por três homens, incluindo o devedor, e obrigado a realizar transferências bancárias da própria conta. Também teve o cartão de crédito usado pelos criminosos em diversas compras. Além disso, foi coagido a pedir dinheiro emprestado a amigos, sob pressão dos sequestradores.
Três horas após o início da extorsão, por volta da meia-noite, a vítima foi levada a uma área isolada na região do Rio do Braço, em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis. Lá, foi executada com um disparo de revólver. As circunstâncias de tortura ainda estão sendo apuradas pela perícia.
Cinco homens, com idades entre 20 e 24 anos, foram presos entre sábado (14) e a madrugada de domingo (15), além da apreensão de um adolescente de 15 anos. Três deles participaram diretamente do sequestro e assassinato, enquanto os demais são acusados de movimentar o dinheiro extorquido. Apenas um dos envolvidos tem passagem anterior pela polícia, por tráfico de drogas.
Todos os adultos foram autuados em flagrante por extorsão mediante sequestro seguido de morte — crime com pena prevista de 24 a 30 anos de reclusão — e serão apresentados à Justiça. O menor apreendido será responsabilizado conforme as medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
fonte: tnonline
