Um casal foi preso no último domingo (11), Dia das Mães, suspeito de matar o próprio filho, um bebê de apenas um mês de vida, em Juazeiro do Norte, no Ceará. Segundo a equipe médica que prestou atendimento, a criança já chegou sem vida ao hospital e apresentava sinais evidentes de agressões, como traumatismo, fraturas e diversas lesões espalhadas pelo corpo.
Os pais alegaram que levaram o bebê ao hospital após perceberem que ele tinha dificuldades para respirar. No entanto, durante a avaliação, os profissionais identificaram lesões incompatíveis com essa versão, especialmente na cabeça, abdômen e pernas da criança. Diante da gravidade do caso, a Polícia Militar foi acionada.
Após investigações, a polícia concluiu que a morte foi causada por agressões, e o casal foi detido em flagrante por homicídio qualificado. A mãe, de 30 anos, e o pai, de 24, foram levados à Delegacia Regional de Juazeiro do Norte.
Em depoimento, a mulher afirmou ter problemas psicológicos e alegou não se lembrar do que aconteceu, tentando justificar os ferimentos como “picadas de besouro”. Ela também revelou que a gravidez não havia sido desejada. Já o pai negou envolvimento nas agressões e disse não ter presenciado nenhum ato violento por parte da companheira, embora tenha relatado que ela costumava ter comportamentos agressivos.
Histórico de lesões
Segundo informações apuradas pelo portal Metrópoles, cerca de 15 dias antes da morte, o bebê já havia sido levado ao hospital com um ferimento no braço, que precisou ser imobilizado com gesso. Na ocasião, a mãe disse que a criança havia dormido sobre o próprio braço.
Apesar da orientação médica de manter a imobilização por mais de duas semanas, quando o bebê foi levado sem vida ao hospital, ele já estava sem o gesso, o que levantou suspeitas de tentativa de ocultar sinais de maus-tratos.
