“Saltei para sobreviver”: Empresária pula do 2º andar para escapar de companheiro armado com faca - Jornal Terceira Opinião

“Saltei para sobreviver”: Empresária pula do 2º andar para escapar de companheiro armado com faca

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“Eu não podia ser mais um número.” Com essa frase marcada pela urgência da sobrevivência, Jhenipher Sabriny de Oliveira, de 31 anos, decidiu arriscar a própria vida e se lançou da janela do segundo andar de seu apartamento em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A queda de cerca de sete metros, ocorrida em 12 de fevereiro, resultou em múltiplas fraturas, mas foi a única saída que encontrou para escapar do companheiro que a ameaçava de morte com uma faca.

O ataque aconteceu após Jhenipher se recusar a entregar R$ 10 mil para cobrir dívidas da empresa do casal. “Ele foi até a cozinha, pegou uma faca e veio em minha direção. Trancou a porta e disse que me mataria”, relatou a empresária. Em um momento de distração do agressor, ela tomou a decisão extrema: pulou pela janela.

Mesmo gravemente ferida, ela continuou sendo controlada pelo agressor, que impediu os vizinhos de prestarem socorro, alegando que ela “estava delirando”. Ele mesmo a levou ao hospital, onde continuou com as ameaças: “Dizia que mataria meu filho e minha mãe se eu o denunciasse”, contou Jhenipher.

Internada por 12 dias no Hospital Municipal de Contagem, ela viveu novos momentos de terror. Isolada de familiares e sem acesso ao próprio celular, ainda sofria agressões. “Ele apertava meus pés fraturados de propósito. Eu gritava de dor, mas tinha medo de contar a verdade aos médicos”, revelou.

A virada veio quando conseguiu usar um telefone escondido para ligar para sua advogada, que acionou imediatamente a Justiça. A empresária conseguiu uma medida protetiva e a prisão preventiva do agressor foi solicitada. No entanto, ele fugiu e segue foragido.

Agora em local sigiloso, Jhenipher se recupera física e emocionalmente. “Durmo apenas duas horas por noite, mas estou viva para lutar”, afirma. Ela também faz um alerta a outras mulheres: “Um grito, um apertão no braço – nunca para por aí.”

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que todas as medidas legais foram adotadas e que o caso está sendo investigado como tentativa de feminicídio.

 

 

fonte: metrópoles

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