O IBGE anunciou que vai concluir o Censo Demográfico em fevereiro.
A ajuda de um grupo em comunidade na zona central do Rio é fundamental. São agentes comunitárias de saúde que já trabalham e vivem na área, e estão atuando agora, também, como recenseadoras do IBGE.
“Tendo a pessoa da equipe e da comunidade, facilita para os dois, porque é aquela situação já de convivência e de confiança”, diz Marta Ribeiro, agente comunitária de saúde e recenseadora do IBGE.
“A gente vem de manhã, não encontra, vai à tarde. A gente tem que fazer cinco visitas em horários diferentes. Como a gente mora dentro da comunidade é muito mais fácil”, explica Roseane Brandão, agente comunitária de saúde e recenseadora do IBGE.
Quem vive lá sabe as necessidades dessa gente.
“Com isso você vai descobrindo a dificuldade da população e a quantidade de moradores e as crianças que vão nascendo”, afirma Kesy dos Santos, agente comunitária de saúde e recenseadora do IBGE.
O Rio foi o primeiro a transformar agentes em recenseadores, mas as parcerias com as Secretarias municipais de Saúde devem se espalhar por outros estados.
Contar com a ajuda desses agentes comunitários foi mais um esforço do IBGE para terminar o trabalho de saber quem somos e quantos somos. Mesmo assim, de acordo com o cronograma inicial, a finalização já está em atraso. A coleta de dados terminaria em outubro, foi adiada para novembro, depois dezembro, janeiro de 2023, e a última previsão é para fevereiro do ano que vem.
Muitas dificuldades atrasaram o Censo, como a falta de recenseadores e moradores que se negaram a responder ao questionário.
Até agora, o Censo 2022 já contou 177,8 milhões de pessoas em todo o país, o equivalente a pouco mais de 80% da população.
“No mês de fevereiro vai ser feito o que a gente chama de rescaldo. O que se chama esse rescaldo? É você fazer um trabalho em cima do controle de qualidade buscando pessoas que recusaram responder o Censo, insistir na resposta, confirmar os domicílios que estão vagos. Por que isso? Porque dá uma oportunidade de ter precisão maior e qualidade na informação do Censo”, explica o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
fonte: g1.globo.com