Após passar 72 dias internada em trabalho de parto, a moradora de Apucarana, no norte do Paraná, Quelen dos Santos Manfrini, de 35 anos, finalmente pode segurar o pequeno Gael nos braços na terça-feira (9). A paciente deu entrada no Hospital da Providência Materno Infantil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 30 de maio quando estava com 25 semanas e 5 dias de gestação sentindo contrações.
“Eu fui para o hospital sozinha. Não imaginei que estava em trabalho de parto. Logo que fui atendida, já fui encaminhada para internamento. Foi tudo muito rápido”, recorda.
Para evitar o nascimento prematuro de Gael, Quelen precisou do tratamento da equipe multidisciplinar do hospital. “Foram feitas várias medicações para inibir o trabalho de parto, além de fisioterapia para prevenir tromboembolismo e exames de rotina toda semana para mantermos o Gael ali mais tempo, permitindo que ele se formasse melhor”, afirma Amanda Valente, médica obstetra.
Ao completar as tão esperadas 30 semanas de gestação, a equipe realizou uma festa para a futura mamãe e para o pequeno guerreiro.
“A doutora brincava que quando eu chegasse às 30 semanas de gestação a gente faria uma comemoração, acordei com balões e salgadinhos para celebrarmos essa vitória”, conta
– Quelen dos Santos Manfrini, mãe
Dos 72 dias de internamento, 47 deles ocorreram em repouso absoluto. “A sensação hoje é de missão cumprida, muito orgulho de toda a trajetória dele, que veio lutando desde as 25 semanas. Agora, com ele aqui, eu estou bem, a cesárea dói um pouco, mas o coração já não dói mais, faz tudo valer a pena”, diz a mamãe.
“Se não fosse o pessoal da enfermagem eu não teria conseguido, eles que me acalmavam e alegraram meus dias, cada grama que o Gael ganhava era comemorada, me ajudaram mais do que imaginam, me deram forças quando eu não tinha, só posso agradecer”, acrescenta Quelen.
Emocionado, o papai Uelton Costa agradeceu a equipe do hospital. “A gente tem que agradecer pelo hospital, mostrar que aqui não tem distinção entre SUS ou particular, é padrão. Uma equipe dedicada, um tratamento humanizado, viraram parte da família”, ressalta.
Fonte: tnonline.com