Avó de bebê que morreu por maus cuidados em Porecatu é liberada da prisão - Jornal Terceira Opinião

Avó de bebê que morreu por maus cuidados em Porecatu é liberada da prisão

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Matéria de Ric Mais

A avó do pequeno Wyllan Rodrigues, de apenas um ano e sete meses, que morreu por suposta negligência, conseguiu o direito à liberdade neste sábado (26). Michelle Penteado Rodrigues, de 39 anos, foi indiciada pelo crime de homicídio qualificado e estava presa desde o dia 18 de maio, porém, a defesa conseguiu a liberdade após comprovar que a mulher possui problema mental.

Com a apresentação do laudo, uma decisão judicial concedeu liberdade a Michelle. A expectativa é que a mulher passe o final de semana com a família e na próxima segunda-feira (28) seja transferida para uma clínica psiquiátrica localizada em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Em maio, a avó, a mãe e um bisavô foram indiciados pela morte da criança. Michele e o bisavô foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado, por meio cruel e sem possibilidade de defesa da criança. Já a mãe de Wylan, uma adolescente de 17 anos, foi indiciada por ato infracional comparado a homicídio qualificado.

Mãe do bebê lamenta decisão

Na época da morte de Wyllan, a mãe do bebê, Ylana Rodrigues, que agora está com 18 anos, estava em outra cidade procurando emprego. Ela havia deixado o filho com a sua mãe enquanto buscava uma renda para ajudar na criação do pequeno.

Em uma entrevista a RIC, pouco após a morte, Ylana declarou que sentia raiva da própria mãe. “Meu sentimento é raiva por ela não tá sentindo o que tá dentro de mim. Ela não sentiu um pingo de amor por ele. Ela, literalmente, acabou com a minha vida”, contou a adolescente.

Neste sábado (26) a jovem não quis gravar entrevista, porém, lamentou a decisão e revelou que espera apenas que a Justiça seja feita. 

Relembre o caso:

Na noite do dia 17 de maio, a avó de Wyllan Rodrigues, de apenas um ano e sete meses, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após perceber que a criança não estava mais respirando. O bebê estava sob os seus cuidados depois que a filha viajou ao Mato Grosso. Entretanto, vizinhos relataram que a mulher não oferecia um bom tratamento ao neto.

Dentro da casa de classe média, a polícia se deparou com condições insalubres como lixo, sujeira, roupas sujas, bebidas, cigarro, comida podre com larvas e fraldas usadas espalhadas pela residência. A avó foi presa logo na madrugada do dia seguinte.

No dia 24 de setembro, a defesa da avó apresentou um laudo que atesta que Michele Rodrigues tem bipolaridade e depressão. Por isso, o transtorno mental comprometeu parcialmente a capacidade de entendimento, assim, ela não sabia o que estava fazendo no momento.

Deste modo, com a decisão judicial do dia 26 de outubro, a farmacêutica deve ficar internada no Complexo Psiquiátrico em São José dos pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

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