Aconteceu 28 anos atrás no município de Jataizinho, norte do Paraná. Uma mãe de 15 anos de idade que pedia esmola nos sinais de Londrina teve que deixar seu filho com a sogra para não ser mais uma na estatística do crime de feminicídio.
O marido da adolescente, pai da criança, a agredia com frequência e tinha problemas com bebida. Com isso, a mãe do agressor, avó do menino, pediu para a menina ir embora e evitar uma tragédia maior. E como ela não tinha condições de cuidar da criança, o pequenino de pouco mais de 1 ano de idade ficou com a avó paterna.
Os anos se passaram e as vidas de mãe e filho nunca mais se cruzaram. E a vontade do reencontro era do tamanho do amor que um sente pelo outro.
E nesta quarta, 02 de outubro, o improvável aconteceu. Essa história que mais se parece enredo de novela teve um final feliz.
O filho é vendedor, viaja pelo Brasil, mas reside em Bauru. Ele contou sua história para os seus dois companheiros de trabalho que sempre viajam com ele. E por obra do destino, trabalhando no município de Florestópolis, um dos vendedores atendeu uma mulher analfabeta. Como ela não sabe escrever, o vendedor pediu para que o marido ou um filho maior de idade assinasse por ela.
Ela relatou que não vê seu único filho maior de idade há 28 anos. Ela contou a história, falou o nome e disse que o que sabia é que ele morava em Bauru… O final vocês devem imaginar.
Para Deus nada é impossível. 28 anos depois, mãe e filho se reencontraram no pequeno município de Florestópolis.
Bastante emocionado, Valdemir, enfim, sentiu que não há nada melhor nesse mundo que um abraço de mãe.