Matéria de Tarobá News
Uma jovem de 24 anos deu à luz em casa poucas horas após ser liberada da Maternidade de Londrina. Tatiane de Boni Pedroso Romão tinha buscado atendimento na unidade na última terça-feira (24) depois de sentir dores. Ela estava com 40 semanas de gestação.
O pai da jovem, o aposentado Lincoln Luiz Gonçalves Pedroso, contou que a filha foi atendida pela equipe de enfermagem e ficou algumas horas na maternidade até ser liberada, sem atendimento com a médica, por volta das 18h.
Ao chegar em casa, Tatiane tentou tomar banho e voltou a reclamar de dores. Ao chamar o pai apenas disse que o bebê estava pronto para nascer. “Eu levei um susto. Estávamos os dois em casa e eu não sabia o que fazer. Foi uma mistura de emoção e tensão ao mesmo tempo”, contou Gonçalves.
O avô foi o responsável pelo parto que foi rápido. O bebê nasceu no banheiro de casa. “Foi assustador, mas tive que fazer. Nunca imaginei passar por isso e ter essa história pra contar para meu neto. Ainda bem que deu tudo certo”.
Na sequência, o SAMU foi chamado e chegou rapidamente. O médico terminou os procedimento como o corte do cordão umbilical. A mãe e o bebê, que recebeu o nome de Theo, foram encaminhados à Maternidade Municipal onde seguem internados.
Após o susto, o avô conta que o neto e a filha estão saudáveis e devem ser liberados em breve para voltar pra casa. “Depois que passamos por isso, damos mais valor ainda à saúde, mas sabemos que ela não deveria ter sido liberada do hospital naquele dia e naquela hora. Acho que foi negligência. A médica não chegou a ver minha filha, apenas a enfermeira falou com ela. Deu tudo certo, mas imagina se algo dá errado?”, questiona.
O que diz o secretário de saúde
Felippe Machado, secretário de Saúde de Londrina, afirmou que a paciente ficou cerca de três horas em observação na Maternidade, sem apresentar dilatação suficiente para a realização do parto. “Nesse caso, o protocolo é liberar a gestante e orientar que ela procure a Instituição posteriormente”. O caso foi encaminhado ao Núcleo de Segurança do Paciente da Maternidade, para que seja apurada eventual falha médica.