STJ manda soltar Beto Richa e impede novas prisões

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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, mandou soltar nesta quinta-feira (31) o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), preso na semana passada por suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias estaduais, na 58ª fase da operação Lava Jato. A defesa recorreu ao STJ e alegou que a decisão da Justiça Federal no Paraná que determinou a prisão foi ilegal.

Noronha ainda concedeu salvo-conduto ao ex-chefe do executivo estadual, proibindo que ele volte a ser preso no âmbito da operação Integração II. Pepe Richa, irmão de Beto e que foi secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, também recebeu o benefício. A decisão pela soltura veio no mesmo dia que o ex-governador foi transferido do Regimento de Polícia Montada, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana da capital.

Na segunda-feira (28), Richa e mais 32 investigados foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com o MPF, o suposto esquema criminoso, que perdurou por cerca de 20 anos, durante vários governos, desviou R$ 8,4 bilhões por meio de recursos arrecadados com o reajuste da tarifa de pedágio do Anel de Integração do Paraná, malha de rodovias do estado, além de obras e concessões, em troca de vantagens indevidas.

Foram denunciados o ex-governador, acusado do recebimento de R$ 2,7 milhões em propina, empresários e um ex-diretor da empresa estadual de logística. A defesa de Richa alega que os fatos apresentados pelos procuradores da República foram devidamente esclarecidos, “não restando qualquer dúvida quanto à regularidade de todas as condutas praticadas.”

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