Seguindo o mesmo entendimento do Governo Federal, veiculado em dezembro, economistas de todo o país ampliaram mais uma vez suas expectativas de crescimento da economia do Brasil para 2018.
Segundo dados do relatório de mercado conhecido como “Focus”, publicação online, divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central do Brasil, o mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 0,96% em 2017 e 2,64% em 2018 -as previsões da semana anterior era de 0,91% para o ano de 2017 e 2,62% para 2018.
Baseando-nos nestas previsões, conversamos com o administrador e gerenciador de crises, Christian Schneider, que em 22 anos de atuação no mercado empresarial já dirigiu diferentes instituições públicas e privadas. Confira as avaliações do profissional para a situação econômica do Paraná e do Brasil:
Senhor Christian Schneider, talvez, a palavra mais usada pelos brasileiros em 2017 tenha sido “crise”. De fato, o Brasil continuará enfrentando uma desaceleração na economia?
R: Já nota-se um leve incremento no crescimento econômico de vários setores da economia e como consequência teremos um crescimento de PIB que pode alcançar ate 1%.Isso já mostra o início de uma recuperação econômica, que caso volte a ser injetado no país investimentos sejam de origem interna ou externa e as exportações brasileiras mantiverem o ritmo de crescimento dos últimos dez anos, podemos acreditar que estamos saindo da crise.
Existem previsões animadoras sobre um possível aumento no PIB de 2017 e também uma expectativa de que o país tenha uma economia mais “animada” em 2018. Qual a relação direta entre o Produto Interno Bruto (PIB) e a melhora na situação financeira dos brasileiros?
R:O PIB é o somatório de toda a produção nacional.Desde a produção da economia real, passando pela economia financeira, do trabalho, da renda, ou seja,de todas as vertentes da economia, mais a rentabilidade resultante entre a diferença de exportações e importações. Tudo que é produzido no Brasil, em termos de riqueza nacional, isso se reflete no consumo das famílias, das empresas, no impulso da economia. Se você tem o crescimento de PIB, você tem uma melhoria da situação econômica do Brasil, que não necessariamente se reflete de forma diretamente proporcional na renda dos brasileiros, pois como se sabe, enfrentamos no Brasil um desequilíbrio considerável entre ricos e pobres, empregados e desempregados.
Porém, como cenário será mais positivo em 2018, a geração de emprego e renda tende a voltar a crescer impulsionado pela baixa de juros reais e pelo controle da inflação em baixo patamar.
Nosso Estado acompanha a movimentação econômica do Brasil, ou seja, possui os mesmos problemas e mesmas atividades?
R:A economia brasileira é sinérgica, porém temos verificado que o Paraná vem crescendo acima da média nacional. Tal fato se mostrou possível porque a economia paranaense tem no agronegócio seu principal motor. Em que tese, os problemas de logística, de transportes e o encarecimento nos últimos anos dos insumos necessários na produção, a balança comercial favorável neste setor fez com que os severos efeitos da crise econômica fossem mitigados em nosso Estado. As expectativas para o ano de 2018 são positivas.
De que maneira o brasileiro pode contribuir para o bom andamento da economia?
R:O brasileiro precisa confiar que o Brasil tem condições e ferramentas para se reerguer. Mas necessita também equilibrar suas contas, equilibrar seus gastos e de sua família, assim como exigimos o equilíbrio fiscal dos municípios, dos estados e do Brasil.
Se ele tiver equilíbrio em suas próprias contas, ficar atento aos melhores investimentos e poupar parte de sua renda, terá mais condições de consumir de forma adequada e com isso impulsiona a economia.
Temos que lembrar ainda que 2018 é um ano atípico, é ano de Eleições e todos os brasileiros irão contribuir grandemente com nosso Brasil, votando de forma consciente e racional.