Em 2016, a dupla Maria e João, famosa por serem nomes bíblicos e de personagens infantis, está novamente na preferência dos pais e mães paranaenses, conforme aponta levantamento da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg-PR). Ao todo, 7.853 crianças foram registradas no estado com o nome feminino e 5.109 com o nome masculino no ano passado, mesmas posições ocupadas no ranking do ano anterior.
Assim como em 2015, a lista de 2016 segue com os nomes Davi, Ana, Arthur, Miguel e Pedro com 4.459, 4.304, 4.075, 3.673 e 3.013 registros respectivamente. A novidade no ranking ficou por conta do nome Enzo, que entrou pela primeira vez na lista dos 10 nomes mais registrados no estado, ocupando a décima posição, no lugar de Gabriel, sendo escolhido por 2.363 pais.
O nome, que esteve em ascensão nos últimos anos, é o mesmo do filho de Cláudia Raia com Edson Celulari, que iniciou sua carreira de cantor em 2015, e do bebê da apresentadora Luísa Mell com o empresário Gilberto Zaborowsky. O nome ainda esteve recorrente em personagens de novelas da TV Brasileira.
Nomes tradicionais
Segundo o diretor de Registros de Títulos e Documentos da Anoreg-PR e presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen-PR), Arion Toledo Cavalheiro Júnior, observa-se que embora os nomes considerados “da moda”, geralmente utilizados em novelas, tenham influência, não são decisivos no momento da escolha dos paranaenses.
“No Paraná, ainda existe a forte preferência pelos nomes tradicionais, de origem religiosa. Além disso, muitos dos que lideram o ranking, como Maria e Ana, podem ser utilizados de forma composta para a formação de outros nomes, o que também justifica a sua grande utilização”, explica.
Restrições
Com base na Lei Federal n° 6.015, de 1973, o oficial de registro deve se recusar a proceder o registro de nascimento com nomes que exponham a pessoa ao ridículo. Outra indicação são as recomendações para que os cartórios mantenham tradições indígenas e aceitem o registro de nomes estrangeiros e ainda não difundidos. Segundo Cavalheiro, o ideal é aplicar o bom senso na hora da escolha.